Nova unidade reforça parceria entre IF Goiano e UFG e amplia produção de bioinsumos em Goiás

Da esquerda para direita: Claudio Leles (Diretor Científico e de Inovação da FAPEG), Cirano Ulhoa (Coordenador de Difusão Tecnológica da UTT), Sandramara Chaves (Diretora Executiva da FUNAPE), Marcos Arriel (Presidente da FAPEG), Alexandre Igor (Diretor Geral do CEBIO), Eliana Brasil (Coordenadora Executiva da UTT) e Helena Carasek (Pró-Reitora de Pesquisa e Inovação da UFG)

Na última sexta-feira, 11, foi inaugurada, na Universidade Federal de Goiás (UFG), a biofábrica da Unidade de Transferência de Tecnologia do Centro de Excelência em Bioinsumos (UTT CEBIO UFG Nuclisolos Agroambiental). Com a abertura da nova unidade, o CEBIO, idealizado pelo Instituto Federal Goiano (IF Goiano) e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), chega à capital, consolidando uma rede estadual de produção de conhecimento, tecnologia e inovação voltada ao uso sustentável de insumos na agricultura.

Durante a cerimônia, autoridades acadêmicas e representantes das instituições ressaltaram a força da parceria entre IF Goiano e UFG, que foi construída com base na complementaridade entre a capilaridade do Instituto e a excelência em pesquisa da Universidade. A ação também evidenciou o potencial transformador da ciência pública quando voltada à resolução de desafios estratégicos, tais como a segurança alimentar, a sustentabilidade e a autonomia produtiva nacional.

O diretor-geral do CEBIO, professor Alexandre Igor, enfatizou a relevância de estabelecer uma unidade do CEBIO na capital do estado e ressaltou a importância da parceria entre as instituições de ensino. “A UFG é um pilar essencial para o CEBIO. Com sua força acadêmica e científica, ela agrega valor e estrutura ao nosso projeto. A presença dessa Universidade amplia o alcance das ações e reforça a governança do programa em nível estadual”, afirmou. A pró-reitora de Inovação da UFG, Helena Carasek, também celebrou a sinergia entre as instituições, bem como a atuação da Fapeg como articuladora de políticas públicas de inovação. “O CEBIO une áreas prioritárias para a UFG: tecnologia, inovação e sustentabilidade. É bom ver essa rede se consolidando em prol do pequeno, médio e grande produtor”, declarou.

Equipe CEBIO durante a inauguração em Goiânia


Para Marcos Arriel, presidente da Fapeg, o projeto faz parte de uma política pública estadual mais ampla, que busca reduzir a dependência de insumos químicos importados e promover o desenvolvimento sustentável. “O CEBIO é uma resposta concreta aos desafios estratégicos do Brasil. E essa unidade na UFG mostra como a união de esforços pode gerar soluções com impacto real para a sociedade”, disse.
A coordenadora executiva da UTT CEBIO UFG Nuclisolos Agroambiental, professora Eliana Paula Brasil, também destacou que o projeto é resultado de uma construção coletiva, com múltiplos parceiros e ressaltou o forte protagonismo dos estudantes e pesquisadores. “Essa unidade não apenas produz conhecimento, mas transforma ciência em prática para o campo. Temos um sonho de tornar a produção agrícola brasileira mais autônoma e sustentável, e estamos realizando esse sonho com trabalho em rede e comprometimento. Estamos no caminho certo”, pontuou.

Outro destaque mencionado na inauguração foi a formação de recursos humanos altamente capacitados, característica fundamental para atender à crescente demanda por profissionais na área de bioinsumos. “Estamos investindo na preparação de profissionais desde a graduação até o pós-doutorado. Essa é uma das nossas maiores missões”, reforçou o professor Cirano Ulhoa, coordenador de Difusão Tecnológica da unidade.

Ao aproximar o conhecimento científico das necessidades reais do produtor, o CEBIO reafirma seu papel como catalisador de uma nova agricultura: mais eficiente, sustentável e atenta aos desafios contemporâneos. A transformação da linguagem técnica em práticas compreensíveis e aplicáveis no campo tem sido uma estratégia que amplia o impacto dos bioinsumos e fortalece a confiança dos agricultores na ciência brasileira.

Equipe da UTT Nuclisolos Agroambiental UFG


Neste contexto, a contribuição de instituições parceiras é fundamental. A atuação da FUNAPE reforça o compromisso com o avanço tecnológico regional e nacional. Como destacou Kamila Santos de Paula Rabelo, superintendente da fundação, iniciativas como o CEBIO possuem relevância geopolítica ao promoverem autonomia para o estado de Goiás em cadeias estratégicas, reforçando a sustentabilidade como eixo central do desenvolvimento. Além disso, ela também reforçou o papel da FUNAPE como parceira direta do CEBIO.

A UTT instalada na UFG nasce a partir da experiência acumulada no Núcleo de Pesquisa em Solos e Agroambiental (Nuclisolos), sediado na Escola de Agronomia. Desde 2009, o grupo desenvolve pesquisas com reaproveitamento de resíduos urbanos e agroindustriais, biofertilizantes e fertilizantes organominerais. Com a integração ao CEBIO, essas pesquisas ganham novo fôlego e apoio estrutural para impulsionar a produção de bioinsumos no estado.

Além da formação acadêmica e da pesquisa, a UTT atuará em ações voltadas à capacitação de agricultores e técnicos. Como destacou a pró-reitora substituta de pesquisa, pós-graduação e inovação do IF Goiano, Iraci Balbina Gonçalves Silva, “o que estamos fazendo é mais que ciência — é a concretização de uma proposta de desenvolvimento sustentável. Todos aprendem, todos ensinam. E é assim que se constrói história”.

Com a inauguração, o CEBIO passa a contar com biofábricas em nove unidades de transferência de tecnologia e três unidades de referência em bioinsumos em diferentes regiões do estado, ampliando sua capilaridade e fomentando uma agricultura regenerativa, o que coloca o projeto em um patamar que vai além de uma estrutura física: é a concretização de uma política pública que acredita na ciência como um potencial transformador de realidades.

Unidade em Goiânia foi inaugurada na última sexta-feira, 11.

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